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TEORIA DOS CONTRATOS : DESAFIO DA REMUNERAÇÃO DOS EXECUTIVOS

TEORIA DOS CONTRATOS : DESAFIO DA REMUNERAÇÃO DOS EXECUTIVOS

Publicado em 10 de outubro de 2016 por Antonio Zubieta Alves no linkedin

https://www.linkedin.com/pulse/performance-de-executivos-antonio-zubieta-alves?trk=hp-feed-article-title-publish

Hoje Bengt Holmstrom foi premiado com o prêmio Nobel de Economia por seu trabalho “Teoria dos Contratos”. A teoria basicamente visa responder como um contrato entre empregado-empregador é feito e porque alguns contratos possuem várias formas e conteúdos diferentes um dos outros. Além disso a Teoria trata de um assunto polêmico a remuneração através da performance.

A Teoria dos Contratos ajuda a responder alguns questionamentos: Os salários devem ser essencialmente baseados em uma remuneração fixa ou as pessoas deveriam receber baseado na performance?

Até que pontos os Executivos devem ter sua remuneração atrelada a bônus?

Bengt acredita que quando um empresa resolve dividir entre todos os membros os dividendos de sua performance, os esforços em atingir resultados superiores no ciclo posterior tendem a ser mais baixos.

“É importante que o reconhecimento seja individualizado para que exista possibilidade de reconhecer todos os talentos entre os membros da equipe”

A baixa eficiência e a complexidade das ferramentas de medição de performance é um obstáculo relevante para que os reconhecimentos individuais sejam identificados e que os acordos entre as partes possam ser honrados.

A Teoria dos Contratos é um material desenvolvido por Bengt Holmstrom nos finais dos anos 70 e revista nos anos 80. Ao consultar sobre os trabalhos realizados por ele no MITencontrei um artigo interessante sobre “Pagamento sem Performance e o Poder da Gestão”, publicado em 2005 e que revisita as teorias defendidas por ele nos anos 80.

Nessa teoria existe um olhar para a remuneração paga aos executivos que percebem altas quantias de bônus, permitindo que eles controlem seus próprios salários. Bengt defende a transparência nos processos de pagamentos de incentivos. Um levantamento feito nos últimos 10 anos demonstram que a distribuição de bônus cresceu mais de 4 vezes em relação ao passado, mas o crescimento do mercado não foi no mesmo ritmo. Ainda que seja clara a posição dos Executivos que sofrem mais pressão, estão mais expostos a conflitos e riscos na tomada de decisão, os valores superam a proporção de crescimento do mercado.

Segundo Bengt, em geral os Executivos não gostam de avaliações de desempenho e quando não há patrocínio do CEO, as avaliações são negligenciadas e custam mais do que realmente representam. Como os executivos podem valer milhões de dólares por ano, uma vez que existem tantos substitutos dispostos a assumir o trabalho deles por muito menos? Essa é uma pergunta que incomoda as pessoas. Para a maioria deles, a resposta é óbvia: os executivos têm muita influência sobre a forma como é definida seus incentivos e salários. O que na prática não deveria ocorrer.

No geral entendo que as avaliações de desempenho, da forma como são estruturadas hoje, não permitem acompanhar com efetividade os desempenhos individuais e fornecem resultados distorcidos da realidade, com atualizações das metas estabelecidas com pouca frequência, desestimulando assim uma gestão mais efetiva de resultados.

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