Descomplicando a Governança – Benefícios
No artigo anterior, abordamos o conceito da Governança, passando por definições de escolas mais tradicionais, que nasceram a partir da realidade de empresas de capital aberto, até escolas mais recentes, que surgiram para a realidade das empresas de capital fechado e start ups, destacando quatro fatores como cerne da boa Governança – sistêmica, equilíbrio, direcionamento estratégico e geração de valor e longo prazo.
Apesar do ESG ter acelerado a divulgação e aumentado a demanda por Governança no mercado, ainda é um conceito abstrato e pouco conhecido no ambiente empresarial, principalmente nas PME, onde o limite entre Governança e Gestão não é muito claro.
Neste cenário, cabe ao Conselheiro Consultivo, enquanto profissional generalista em gestão e especialista em governança, ajudar a definir os limites entre gestão e governança e construir uma estrutura de Governança que favoreça a complementariedade dessas duas dimensões do negócio.
Mas afinal, quais os benefícios da Governança para as empresas de capital fechado, já que neste caso, não é exigido por lei?
As duas escolas que norteiam nossa prática, apontam como benefícios:
IBGC
Maior visibilidade no mercado
Prevenção de crises como erros e fraudes
Redução de conflito de interesses, abuso de poder e uso de informações privilegiadas
Melhoria no desempenho operacional
Melhorias dos controles financeiros (principalmente em empresas de menor porte)
CELINT
Sistema de decisões mais racional
Aporte estratégico
Avanços na gestão
Equilíbrio de Poderes
Na TRIEVER, costumamos dar destaque ao benefício final que é a perenidade da empresa, para lembrar que o foco da governança deve estar no longo prazo. Além disso, resumimos os benefícios de curto/médio prazo em 2 – melhoria do modelo de gestão do negócio e do processo decisório, e melhoria na maior capacidade de atração e retenção de talentos e investidores.
Boas práticas de Governança podem contribuir com a melhoria na perenidade das empresas brasileiras, contribuindo com o % de empresas que chega a 3a e a 4a gerações, 12% e 3%, respectivamente (1).
(1) Fonte: Pesquisa Governança em Empresas Familiares: Evidências Brasileiras-IBGC e PwC/abr19
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