Descomplicando a Governança – Conceito
Cada vez mais empresas, independente do porte ou estágio de maturidade do negócio, incluem a Governança entre as suas prioridades. Por que isso acontece? Convicção ou tendência de mercado?
A partir da nossa experiência, atuando há 6 anos com Governança para empresas familiares, na maioria dos casos, os controladores de empresas de capital fechado, que buscam iniciar a trajetória de Governança em suas empresas, o fazem por questões pontuais – ligadas à gestão ou sucessão, ou para se manter atualizado quanto a uma tendência de mercado, ligada à pauta ESG. Essa origem acaba limitando o potencial existente num projeto que deveria partir da convicção de empresários controladores.
Mas se é assim, porque a maioria dos empresários não olha para o tema da Governança por convicção? Em primeiro lugar isso está relacionado ao fato da Governança nascer a partir da realidade de empresas de capital aberto, com uma estrutura mais complexa, customizada para este tipo de empresa. E em segundo lugar, porque a nova Governança, adaptada à realidade da empresa de capital fechado, em sua maioria de origem familiar, e seus benefícios relacionados à transformação de empresas, é pouco conhecida no mercado.
Nesse cenário, consideramos relevante iniciar uma série de artigos entitulado “Descomplicando a Governança”, para atrair cada vez mais empresas a iniciar sua trajetória por convicção, potencializando os resultados e contribuindo com a melhoria do ambiente empresarial brasileiro, em sua maioria formado por empresas de capital fechado de todos os portes.
Escolhemos iniciar esta série, explorando o conceito da Governança. Afinal, o que é Governança? O termo tem uma infinidade de definições na casa de dezenas de milhar, mas vamos focar em três, que melhor representam o senso comum (Wikipedia), a visão construída para a realidade das empresas de capital aberto, nascida do berço da Governança no Brasil (IBGC) e a visão customizada para a realidade das empresas de capital fechado. (Celint).
Avaliando as três definições e buscando sintetizar o que há de comum, que deve ser visto como o cerne da Governança, encontramos quatro características:
- É sistêmica;
- Busca o equilíbrio entre partes envolvidas;
- Atua no direcionamento do negócio, para geração de valor aos públicos;
- Foca no longo prazo e na perenidade do negócio
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