Área Comercial como alavanca de Crescimento

Autora: Renata Barbieri Coutinho
Professora de Gestão e Governança do IAG PUC/RJ e Associada a Cambridge Family Enterprise Group

Governança Corporativa diz respeito principalmente a alinhamento de interesses entre sócios e gestores pelo melhor para a empresa. A questão é o que seria melhor para a empresa neste momento de disrupção? As pessoas chaves da gestão estão capacitadas para dar conta do novo cenário? Estamos vivendo através da pandemia o mundo VUCA (em Inglês significa volátil, incerto, complexo e ambíguo) mais do que nunca e uma governança bem estruturada e adequada às necessidades e desafios da empresa pode sim dar conta deste contexto.

A boa governança proporciona uma profissionalização da empresa, uma eficiente gestão financeira e por consequência uma capacidade maior de enfrentar os desafios desta crise. As empresas bem estruturadas sentiram o quanto uma boa governança ajudou durante esta crise principalmente no início quando a necessidade de tomada de decisões difíceis e rápidas foi crucial e com impactos importantes no futuro do negócio. O foco nos principais stakeholders fez toda a diferença e era necessário preparo e “braços” para lidar com a mudança abrupta em todas as nossas vidas.

Há empresas que se beneficiarem com esta crise ou tiveram a sorte ou competência de não serem tão afetadas, mas grande parte dos negócios sofreu impacto negativo de acordo com as últimas pesquisas. Há indicadores que apontam para disrupções cada vez mais frequentes no futuro seja a disruptura do seu cliente, fornecedor ou dos negócios propriamente ditos. Lembrando que este cenário pode gerar muitas oportunidades também, se beneficia quem tiver consciência de todos os desafios envolvidos e melhor lida com eles.

As empresas mais longevas e muitas das mais rentáveis são familiares. Não há nada de errado em ser uma empresa familiar, muito pelo contrário! Entretanto sem uma boa governança estas empresas possuem a tendência de caírem em armadilhas ao longo do tempo. Há sempre exceções, mas são casos raros. Os mesmos fatores que geraram o seu sucesso podem gerar problemas ao longo do tempo, além do tradicional apego a negócios e processos que podem não fazer mais sentido neste contexto VUCA. Não há espaço mais para amadorismo, desalinhamento entre sócios afetando a estratégia (ou falta de), baixa qualidade da equipe, tomada de decisão centrada em uma única pessoa, falta de compliance, falta de planejamento sucessório e muitas das tendências que algumas empresas familiares têm de não conseguirem olhar para todos os seus desafios futuros sejam nos negócios sejam na família. A boa governança no sistema familiar (empresa, família e propriedade) pode e deve dar conta de tudo isto. Na busca por todo este alinhamento há sempre a opção de não se adotar acordos e estruturas formais, porém como o Prof John Davis diz: ” A estrutura é sua amiga.”

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